Na última reportagem da série Mercado da Beleza, exibida pela TV TEM em Itapetininga (SP), o destaque foi para a vaidade masculina. A série de quatro reportagens apresentou, ao longo desta semana, assuntos como expansão do mercado voltado para a beleza, capacitação dos profissionais do setor, cirurgias plásticas e a vaidade masculina.
De acordo com pesquisa, os homens chegam a gastar em média R$ 2 mil por ano com beleza. Nesses gastos estão compra de cremes, perfumes, xampus e serviços estéticos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os produtos voltados para eles já representam 37% do volume de vendas das categorias de higiene e beleza no Brasil.
O cabeleireiro Jotta Lean conta que no salão onde atua 15% das hidratações e outros tratamentos para cabelo são para homens. “Os homens passaram a agregar o salão. Antigamente, o salão os homens representavam apenas uma complementação no faturamento. Já hoje, é um valor real para o nosso faturamento”, comenta.
O técnico em radiologia, João Ribeiro, é cliente assíduo de salão de beleza. Ele procura o local para fazer as unhas, corte de cabelo, escova progressiva. Além disso, usa frequentemente cremes para as mãos, para o corpo, filtro solar com base, entre outros. João afirma que se considera vaidoso, e gasta mais que a média nacional com estética. São aproximadamente R$ 400 por mês com produtos de beleza e salão. Ele não sai de casa sem estar bem arrumado. “Antigamente você só tinha coisas femininas nas lojas de cosméticos. Você ia comprar um creme para as mãos, por exemplo, e só encontrava linhas voltadas para elas. Hoje essa quadro mudou e a gente consegue encontrar uma variedade de produtos masculinos. Tem uma variedade muito grande . Acho que não tem mais preconceito que tinha antigamente”, comenta.
João ainda destaca que não tem nenhuma timidez em frequentar salões de beleza. As unhas, por exemplo, recebem cuidados semanais. “Faço as unhas pelo menos uma vez por semana. Acho que é porque fica esteticamente mais bonito. Eu acho que fica mais apresentável”, diz.
E ele não é o único a frequentar os salões para cuidados além de um corte de cabelo. O empresário Sidney Rodrigues afirma que não se importa em dividir o espaço no salão com as mulheres. Para ele mais que vaidade, se cuidar é questão de higiene. “Cuido do meu corpo dentro do possível. Acredito que fazer as unhas e usar um protetor solar vai muito além da vaidade. É uma questão de saúde e uma questão de higiene mesmo. Como trabalho na área de vendas, esse cuidado acaba sendo um marketing pessoal”, ressalta.
Mas tem homens que ainda são sutis quando o assunto é estética e não ousam tanto, mas não são menos vaidosos. O médico Luiz Ayres ressalta que não se descuida. “Tento manter em dia o corte de cabelo e sempre uso perfumes”, destaca.
Salão exclusivo
O cabeleireiro João Oliveira criou em Itapetininga um salão diferenciado. Nas cadeiras do local, a presença feminina está completamente fora de cogitação. Nada de revistas de fofocas, moda ou outros assuntos focados nas mulheres. O que se encontra não salão são revistas especializadas em automóveis. Já o frigobar está cheio de refrigerantes e cervejas.
O salão é exclusivo para os homens. O proprietário conta que atua na profissão há oito anos, mas há quatro decidiu se dedicar ao público masculino. Formado em gestão ambiental, colocou o diploma na gaveta quando viu que o mercado de estética para homens crescia a cada ano. A ferramenta de trabalho dele é a tesoura e essa realidade não deve mudar. “Esse mercado está melhorando, está se aprimorando e eu quero tentar acompanhar esse momento”, diz.
Quem frequenta o salão dos “homens”, como o auxiliar administrativo Guilherme Lopes, gosta da comodidade, de jogar conversa fora sem estar diante da fiscalização feminina. “Tem que ter um pouco mais de liberdade para a gente conversar e a gente ficar a vontade. Aqui podemos falar só dos nossos assuntos sem ter as mulheres ouvindo o que a gente está conversando”, brinca.
A empresária Jane Lima Castro apoia a iniciativa dos homens que se cuidam e diz que a boa aparência pode representar muito na vida de uma pessoa. “A boa aparência demostra também mais segurança no trabalho, passa mais confiança como profissional. Então, acho que é uma necessidade mesmo”, pontua.
Fonte: G1
Link: http://g1.globo.com/sao-paulo/itapetininga-regiao/noticia/2013/10/ultima-reportagem-da-serie-mercado-da-beleza-aborda-vaidade-masculina.html
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