BEATRIZ IOLANDA

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VACINAÇÃO NO BRASIL: Porque agilizá-la é a maior esperança para a retomada econômica

Se não tivermos 70% da população vacinada, não vamos conseguir enfraquecer o vírus”, inicia Marisa Cesar, CEO do Grupo Mulheres do Brasil e uma das líderes do Movimento Unidos Pela Vacina. Lançado há pouco tempo, o Movimento Unidos Pela Vacina vem mobilizando membros da sociedade civil, do mercado e de organizações empresariais para agilizar a vacinação no Brasil e tornar viável imunizar todos os brasileiros até setembro deste ano.

Além de evitar mais perda de vidas, a mobilização busca também retomar a economia. “O fato de não podermos garantir que o comércio tenha portas abertas e a economia circulando enfraquece o cenário do país como um todo e aumenta nosso índice de pobreza. Vemos uma classe média sendo achatada nesse processo e pessoas passando para um nível mais baixo pela falta de recursos financeiros oriundos de falta de trabalho”, explica Marina.

 


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ECONOMIA E VACINAÇÃO

Sendo o país que mais vacinou contra a Covid no mundo – respondendo por 30% de todos os imunizantes já aplicados –, os EUA já vêm indicando um salto na economia ainda para esse ano. A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que a economia do país norte-americano vai crescer 6,5% este ano, mais do que o dobro da previsão realizada em dezembro de 2020 e a maior expansão desde 1984.

Segundo Jeane Tsutsui, diretora executiva de negócios do Grupo Fleury e vice-presidente do nosso Comitê de Saúde, observar os bons resultados de países que vêm sendo referência no mundo como os Estados Unidos é um aspecto muito importante quando vemos o cenário hoje no Brasil. Em um relatório preliminar sobre as perspectivas globais, Laurence Boone, economista-chefe da OCDE, afirma que o ritmo lento de vacinação no Brasil aumenta os riscos que pesam sobre a recuperação da economia do país.

Assim, mais de 500 empresários e economistas assinaram uma carta de alerta em relação ao agravamento da pandemia no Brasil cobrando vacinação e distanciamento social como medidas de combate à Covid-19. O documento lembra que o Brasil é, hoje, o epicentro mundial da Covid-19 e reforça a necessidade de que as políticas públicas se baseiem em evidências cientificas. 

 


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EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS 

Na visão de Jeane, a vacinação em massa reduz a mortalidade, mostram dados de países como Israel e EUA. Marisa cita o sucesso na imunização de idosos acima de 90 anos, cujas mortes despencaram em 70% na cidade de São Paulo. “Já começamos a visualizar uma baixa de internação e mortalidade de idosos que já foram vacinados, o que mostra que a vacina vai impactar para que reduzamos não apenas o número de pessoas contaminadas, mas também o número de pessoas perdendo a vida”, afirma Marisa.

Além disso, muito se duvidou a respeito da eficácia da vacina para a Covid devido ao seu desenvolvimento recorde, o que, para Gustavo Santos, Gerente-Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, não se justifica. “Houve sim um avanço no conhecimento científico, que já vinha sendo acumulado no desenvolvimento de vacinas contra outros vírus com tecnologias já conhecidas. Não se partiu do zero, foi por isso que conseguimos respostas mais rápidas”, aponta.

Ele lembra também sobre os investimentos em massa realizados por governos e indústrias do mundo inteiro para se chegar às vacinas existentes hoje. “Sabemos que a pesquisa só avança se tiver investimento, porque nem sempre dá certo e não é uma meta de gestão que é entregue de um dia para o outro. Por isso, foi muito importante todos os esforços de todos os stakeholders para termos essa resposta tão positiva”, finaliza o especialista, que esteve presente em nosso Fórum de Saúde, no dia 30/03, para discutir a imunização da população brasileira.

 


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Fonte: Agencia Estado