BEATRIZ IOLANDA

EMPREENDEDORISMO É O NOSSO FOCO!

Grave, delicado e triste

Em O Popular, de 27/08/23, era estampada a seguinte manchete: Em Goiás, suicídios tem alta de 90% em duas décadas.

A matéria da competente jornalista Carla Borges conta que Goiás é o NONO dentre 27 estados brasileiros em suicídios. Os dados foram extraídos, estudados e sintetizados a partir do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.

No período supracitado, a reportagem afirma que houve um vertiginoso aumento de 90% dentre as pessoas e que se auto-destruíram. O muito espantoso é que o crescimento da população no mesmíssimo período sequer fora de 45%.

Na utilização do index de 100.000 habitantes; Goiás pulou, saltou de 5,5 suicídios a cada cem mil pessoas para 6,1 suicídios para cada cem mil pessoas.

Isso… Isso já é uma desatada e torrencial pandemia de autodestruição e que situa Goiás dentre os povos que mais se destroem em todo o mundo.

De bem longe… Somos a principal unidade do centro-oeste em auto-sacrifício.

Pois sim… Esse é tema grave, sensível e delicado e que, nada, nada… Já ocupa a terceira posição nas causa mortis no estado; perdendo apenas e apenas para mortes no trânsito e para, é claro, nossos velhos e corriqueiros homicídios.

Nesse cenário, as pessoas que se imolam se utilizam, em bem primeiro, de dispositivos ou engenhos de sufocamento/enforcamento e; em seguida, armas de fogo são os meios principais para a realização dos suicídios.

O levantamento revela que o suicídio tem sexo e é fundamentalmente masculino; embora, o avanço de tal prática tenha crescido exponencialmente dentre as mulheres.

Em síntese, 79% dos casos analisados são masculinos.

O SIM demonstra ainda que o suicídio acontece majoritariamente dentre pessoas jovens; os mortos se situam dentre a faixa de 20 a 29 anos e; 30 a 39 anos.

Finalmente, outro dado curioso e preocupante é que os suicídios apetecem fundamentalmente nas próprias residências, em locais familiares, de convívio e convivência evidentes (55%) e; em seguida, em hospitais, clínicas ou espaços de repouso (25%).

Certo é que um vivo e profícuo ambiente de respeito, cuidado, diálogo e boas interações sempre são boas dicas e pedidas para o cuidado com o outro… O outro e que nem sempre vemos, percebemos ou notamos.

VIVA A VIDA!

Angelo Cavalcante – Economista, professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Itumbiara.