* Por Beatriz Iolanda Peixoto de Freitas
Quem nunca esteve em contato ou até mesmo já foi um “tomador de tempo” alheio? O pior tipo de pessoa (profissional) é esse, que torna o seu tempo bem menos aproveitável…
Esses dias fui surpreendida por um amigo que estava me narrando um problema que considerei extremamente comum e ao mesmo tempo, extremamente inoportuno. Ele estava a me narrar como um profissional que trabalha com ele o faz perder tempo o tempo todo!
Meu amigo trabalha como consultor numa área bem específica e grande parte do seu trabalho se restringe à área comercial (principalmente a capitação de clientes). Ele me narrou que sempre que precisa de alguma informação e esta mesma informação tem que ser adquirida com o tal rapaz que trabalha com ele, o meu amigo já começa a prever o processo que será uma verdadeira romaria em busca de conhecimento que se dará em seguida…
O processo dá-se da seguinte maneira:
Meu amigo solicita a informação de forma simples e direta perguntando: “Quanto está a taxa de juros pra fazer investimento em tal coisa hoje?”. E o rapaz, ao invés de responder “Está X%!”, começa a dissertar e filosofar sobre o assunto: “Mas por que você quer saber essa taxa? Tem cliente novo perguntando sobre isso? Tipo… Se for cliente novo perguntando acho que PODEMOS falar pra o cliente que pode haver investimento melhor, sobre as possibilidades de taxa…”
O cara não se “manca” que, obviamente, se o meu amigo trabalha no comercial, então ele provavelmente já negociou com o cliente e o próprio cliente decidiu fazer o suposto investimento e quer saber a taxa e está esperando (às vezes numa ligação) a respectiva informação.
E assim vai o rapaz, dissertando (ou melhor dizendo enrolando) o meu amigo durante minutos (que parecem horas). O pior é que meu amigo fica muito irritado com isso, mas ele e o rapaz são empregados do escritório e meu amigo depende do cidadão pra pegar a informação e concluir o fornecimento de dados
Esse amigo também me narrou outro procedimento que chega a ser cômico (se não fosse trágico): o referido rapaz não sabe responder diretamente de nenhuma forma.
Lembrei-me da LEI DO TERCEIRO EXCLUÍDO, Lei da lógica que afirma que uma pergunta não pode ter mais do que 2 (duas) respostas válidas quando a pergunta restringe-se a isso. Por exemplo, quando alguém te pergunta se você gosta de jiló… A tua resposta só pode ser SIM ou Não! Mas existem pessoas que conseguem a proeza de “dissertar” horas e horas sobre como talvez gostem de jiló.
Voltando ao meu amigo. Ele diz que por vezes questiona o referido rapaz se o cliente tem que pagar tal taxa… E o rapaz (por incrível que pareça) disserta horas e horas sobre o “talvez” pagamento, falando minúcias sobre quais os quesitos que ele tem que pagar e quais os quesitos para ele não ter que pagar.
Isso seria de grande ajuda para o meu amigo (saber mais informação melhor), mas o problema é que o referido rapaz, disserta sobre isso todas as vezes que o meu amigo pergunta se tal cliente tem que pagar a taxa ou não. O meu amigo precisa da informação rápida. Se for pra ele ter que saber a informação e ter que perder minutos preciosos (com o cliente esperando) pra ouvir as “viagens” do referido rapaz, então acho melhor o dono do escritório despedir o cara que passa as taxas e; pagar melhor o meu amigo para que ele acumule as 2 funções… Além do dono do escritório economizar muito mais, ainda tem a vantagem de o meu amigo passar a informação para o cliente bem mais rápido…
Quando ele me contou lembrei-me de um monte de pessoas assim… Inclusive em grupo de trabalho no whatsapp isso é um problema… Você faz uma pergunta direta e o cara disserta e disserta e disserta…
Fico pensando, neste mundo globalizado, o quanto essas pessoas são extremamente mal vistas. Então fica a dica: Não se torne um “tomador de tempo”… Seja um facilitador de tempo e consequentemente facilitador de dinheiro.
Um dia produtivo à todos!
Economista Beatriz Iolanda Peixoto de Freitas.
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