A taxa de sobrevivencia das empresas chegou a 81,3% em 2012, acima do resultado de 2011, quando o índice chegou a 80,8%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o maior percentual desde 2008 (78,2%). Os números foram divulgados nesta quarta-feira (24).
“O saldo de empresas tem sido sempre positivo, com um número maior de entradas em relação ao de saídas”, disse o IBGE.
A taxa de entrada de novas empresas ficou em 18,7%, a menor desde 2008 (16,3%), enquanto a taxa de saída foi de 17,4%, acima da registrada em 2010 (16,3%).
Construção foi a atividade que apresentou as maiores taxas de entrada (27,1%), enquanto outras atividades de serviços registraram as maiores taxas de saída (26,2%).
As empresas de alto crescimento, aquelas cujo pessoal assalariado tenha crescido pelo menos 20% ao ano por um período de três anos e que tenham pelo menos dez assalariados no ano inicial de observação, representaram 7,6% das empresas com dez ou mais assalariados, taxa inferior à apresentada nos anos anteriores, segundo o IBGE.
Essas empresas foram responsáveis, em 2012, por 3,3 milhões (58,3%) dos 5,7 milhões de postos de trabalho gerados entre 2009 e 2012, com destaque para as indústrias de transformação (691,4 mil) e para as atividades administrativas e serviços complementares (671,6 mil).
Segundo o IBGE, as empresas que entraram em atividade em 2012 responderam por um acréscimo de 5,0% (2,0 milhões) nas pessoas ocupadas e de 2,8% (950,5 mil) nas pessoas assalariados.
Já as empresas que saíram do mercado representaram queda de 3,6% (1,5 milhão) nas pessoas ocupadas e 1,3% (453,1 mil) no pessoal assalariado, registrando, contudo, um número maior de entradas em relação ao total de saídas.
As empresas sobreviventes representaram 81,3% (3,7 milhões) das empresas ativas – responsáveis por 95,0% (38,6 milhões) do pessoal ocupado e 97,2% (33,0 milhões) do pessoal assalariado.
As atividades econômicas que mais se destacaram nas entradas e saídas de empresas no mercado em 2012 foram comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas com 372,8 mil e 390,2 mil empresas (43,3% e 48,8%) e indústrias de transformação com 65,1 mil e 64,6 mil (7,6% e 8,1%).
“É no comércio que temos as maiores taxas (de entradas e saídas de empresas do mercado). 43,3% das empresas que entraram estão no comércio, e saída de 48,8%. Poderia até destacar nesse saldo de entradas e saídas, apesar de ser negativa, ou seja, tenho mais empresa saindo do que entrando, vejo esse peso no varejo”, disse Francisco de Souza Marta, gerente responsável da publicação (GCC).
“Apesar de entrarem menos empresas do que saíram, [o comércio] ainda tem saldo positivo em postos de trabalho de 281 mil”, completou o gerente da pesquisa.
Quanto à sobrevivência, 48,1% das empresas (1,8 milhão) estavam em comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas e 9,9% (370,9 mil) na indústria de transformação.
Por região
As regiões Sudeste e Sul registraram as maiores taxas de sobreviventes (82,4% e 81,5%, respectivamente) acima da média nacional (81,2%). Com relação às entradas, as maiores taxas partiram das regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste (24,2%, 21,2% e 21,0%). As maiores taxas de saída foram verificadas nas regiões Norte e Nordeste (20,9% e 19,7%).
Salários
Entre o pessoal assalariado nas empresas de alto crescimento, 90,7% não tinham nível superior, patamar semelhante ao do conjunto das empresas (89,5%). A parcela de salários e outras remunerações do pessoal assalariado sem nível superior nas empresas de alto crescimento foi de 72,7%.
O salário médio mensal dos assalariados sem nível superior nas empresas de alto crescimento foi de R$ 1.428,78 e do pessoal com nível superior R$ 5.181,63. No total das empresas a diferença foi de 272,8%.
“O que a gente observa que tanto nas sobreviventes quanto entradas e saídas, há grande concentração do sexo masculino. Torno de 60% em todos os eventos. 62,8% do pessoal assalariado sendo representado pelos homens. E 37,2% para participação feminina”, explicou a técnica da pesquisa, Kátia Cilene Medeiros
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