A proximidade com as eleições pode ter feito crescer a procura por emprego em agosto, e impedido que a taxa de desemprego no mês de agosto fosse ainda menor que 5%, segundo o coordenador de trabalho e rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Esse crescimento [da população ocupada], que poderia ter derrubado a taxa de desocupação, Não aconteceu em função dessa pressão maior sobre o mercado de trabalho [mais pessoas procurando emprego] quando comparado com o mês de julho”, afirmou.
Segundo o instituto, esse movimento da população ocupada associado ao crescimento da desocupação pode ser estímulo provocado por eventos realizados nas seis regiões metropolitanas pesquisadas.
“A gente não tem como afirmar, mas eventos como eleição, Copa do Mundo, esses eventos podem provocar esse movimento. A gente percebe claramente uma entrada expressiva de trabalhadores não registrados principalmente no mês de junho e agora no mês de agosto, e isso pode estar relacionado a esses eventos”, explicou Cimar.
Copa do Mundo x rendimento
Segundo Cimar, a Copa do Mundo pode ter influenciado a queda de rendimento de 1,5% na comparação de junho para maio devido ao aumento de trabalhadores não registrados.
“Na média, o rendimento vai cair. A gente teve geração de empregos [com carteira assinada] em junho de 117 mil postos de trabalho. Não é significativo, mas essa geração aconteceu. Eu não estou afirmando que a Copa pode ter causado o movimento de queda (de 1,5% no rendimento). Estou lembrando que ocorreu um evento dessa magnitude nas regiões metropolitana que sediaram o evento”.
De acordo com ele, Salvador foi a região que apresentou maior queda no rendimento (3,4%), seguida de Recife (1%). “Em Salvador essa taxa foi gerada principalmente porque houve entrada no mês de junho de pessoas trabalhando por conta própria”.
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