Você pode já ter ouvido alguma vez aquele pedido para ser “mais empático”. Ou, então, escutou algum comentário crítico sobre uma pessoa (ou até você mesmo) não possuir empatia. Mas, afinal, o que é empatia?
O sentimento é bem abstrato e seu desenvolvimento varia de pessoa para pessoa. Às vezes somos empáticos com algumas situações, mas não em outras. Por trás de tudo isso, está a prática de se colocar no lugar do outro —e, claro, isso pode ser desenvolvido com algumas técnicas.
O que é empatia?
No dicionário, uma das definições diz que ela é a capacidade de se identificar com outra pessoa, de sentir o que ela sente e de querer o que ela quer. Em resumo, poderíamos dizer que ter empatia é se colocar no lugar do outro. No entanto, ser empático envolve saberes diversos e mais profundos.
Com a empatia, a sensação é de ser aquela pessoa e, por isso, compreender escolhas, alegrias, medos, arrogância, agressividade e ignorância, ou seja, o que há de bom e de ruim em alguém. É acreditar que faria exatamente a mesma coisa.
Mas como abandonar as próprias emoções, crenças ou expectativas para viver a empatia em sua totalidade? Para caminhar por essa estrada de aprendizado é necessário entender que ninguém é perfeito. Segundo a especialista em autoconhecimento e inteligência comportamental Heloísa Capelas, não é possível chegar ao amor sem empatia, por isso, essa é uma capacidade tão importante.
“Eu preciso primeiro me abrir, olhar para o outro do ponto de vista dele, renunciar aos meus julgamentos, minhas verdades e minhas crenças. Poder me abrir para poder compreender o que o outro está vivendo é empatia, e ela vem muito antes do amor”, afirma.
Como melhorar a empatia?
A empatia é uma competência que só se desenvolve na prática. Por mais que as leituras, as conversas e as reflexões ajudem a compreender a vida e as dificuldades do outro, a melhor maneira de ser uma pessoa empática é na vida real. O lado bom é que, enquanto se tenta ter empatia com alguém, esse mesmo alguém pode estar neste processo com você, o que deixa as tentativas mais verdadeiras. Saiba como começar:
- Não julgue: esse talvez seja o primeiro mandamento para ter empatia. Quando escolhe não fazer julgamentos, é capaz de ouvir, acreditar e se aprofundar sem procurar pelas falhas. Em vez de julgar, indique caminhos possíveis para dias melhores.
- Abra-se para as histórias: prestar atenção nos detalhes, questionar menos, superar os próprios preconceitos, tudo isso envolve compreensão e aceitação. “Ser empático não é concordar com tudo, mas compreender do seu ponto de vista”, indica Elizângela Barbosa, consultora especialista em assessoria para Recursos Humanos.
- Pratique a escuta atenta: “Caso não possa ouvir a pessoa naquele momento, seja gentil em dizer que não pode e o procure assim que possível”, completa Elizângela. Essa é uma decisão inteligente, pois ter empatia significa se envolver com o que se está escutando. Preste atenção no tom de voz e à linguagem corporal.
- Esteja disposto: não só a ouvir, mas a ajudar, colocar a mão na massa. Procurar viver situações desconhecidas para entender o que as pessoas que estão inseridas naquele contexto enfrentam faz parte dessa disposição.
- Desconheça as diferenças: somos iguais em nossa humanidade, mas, ao mesmo tempo, completamente diferentes uns dos outros. Esse reconhecimento nos coloca no lugar de vulnerabilidade necessário para nos deixar enxergar cada pessoa de uma maneira.
- Trate bem as pessoas: cuide de sua postura nos momentos de estresse e, durante os conflitos, seja gentil. Lembre-se de que o momento passa, os problemas serão resolvidos e sua postura diante deles, caso seja ruim, nunca será esquecida.
- Demonstre confiança: fofocas, críticas e exposição desnecessária estão no lado oposto da empatia. Isso afasta as pessoas, provoca insegurança e ansiedade, por isso, mostrar-se alguém sincero e de confiança torna as relações empáticas.
Com informações da UOL*
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