romover um ambiente de negócios favorável às empreendedoras, facilitando o acesso das mulheres a políticas e serviços públicos, produção de dados e disseminação de informações sobre o empreendedorismo feminino são as metas da ‘Estratégia Elas Empreendem’, lançada nesta terça-feira (13), em Brasília, pelo Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (MEMP).
A iniciativa congrega 23 organizações – entre órgãos e entidades da administração pública federal e bancos (Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil S.A, BNDES) – que, juntas, vão fomentar inclusão social, econômica, e de desenvolvimento do país por meio da estratégia, levando-se em conta a maternidade, a diversidade e a vulnerabilidade.
Durante o lançamento, foi realizada a primeira reunião do Comitê de Empreendedorismo Feminino, ao qual cabe a gestão da ‘Elas Empreendem’, com projetos idealizados e executados em quatro eixos principais: acesso ao mercado e inclusão socioprodutiva, acesso à tecnologia e à inovação, acesso ao crédito, e educação empreendedora, sempre tendo seu impacto avaliado e monitorado.
Além disso, foi apresentado no evento um estudo inédito com análise detalhada do panorama do empreendedorismo feminino no Brasil, realizado numa parceria entre o MEMP e os ministérios das Mulheres e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
MDIC e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
“São mais de 10 milhões de empreendedoras brasileiras no país, que poderão ser beneficiadas com ampliação da renda, produtividade e sustentabilidade dos seus empreendimentos”, declarou o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, destacando que mulheres inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) terão prioridade.
França lembrou que, como parte da estratégia, o MEMP firmou uma parceria com a Rede Mulher Empreendedora para capacitar mais de 17 mil mulheres que empreendem ou querem empreender.
Ele ainda disse que tanto no Pronampe quanto no Procred 360, aos homens são emprestados 30% do que faturaram nas empresas no ano anterior. E para as mulheres, 50%. “Essa é uma política que efetivamente você favorece um grupo de mulheres a mais do que favorecer os homens. “Ambos são favorecidos, mas para mulheres é um pouco a mais. É verdade que isso traz um grau de compensação, e porque as mulheres são muito mais adimplentes. Então, as mulheres têm uma avaliação que acaba favorecendo, mas nós temos que avançar.”
O ministro acrescentou que será votada a reforma tributária na Câmara e no Congresso. “É um bom momento. Se a gente quiser incentivar as mulheres a terem mais negócios e conseguirem empreender mais, criar benefícios fiscais. Por exemplo, reduzir imposto de renda das empresas que tenham mulheres no seu gerenciamento, no seu comando. Isso certamente incentivaria as pessoas gerenciando e assim por diante. Essas práticas não seriam para sempre, mas até que a sociedade possa ter uma coisa equilibrada.”
Já a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, ressaltou que o presidente Lula tem sido muito insistente de que é preciso ter um país que trabalha a questão da inclusão, que trabalhe para os pobres, para que os pobres tenham acesso à comida, tenham acesso a todos os processos. “Nós precisamos incluir as mulheres nesse processo. É uma grande maioria que está sustentando os nossas lares e as nossas famílias. Somos nós que estamos na linha de frente. A maioria das mulheres é chefe de família e nós precisamos entender que esse é o Brasil, o Brasil mudou. Toda essa realidade vai ser influência como ela vai exercer efetivamente o seu empreendedorismo.”
Participaram da cerimônia, a secretária-executiva adjunta do MDIC, Aline Damasceno; a deputada federal Lídice da Mata, presidente da Frente Parlamentar da Economia Criativa; Cláudio Providas, presidente do PNUD no Brasil; Ana Fontes, presidente da Rede Mulher Empreendedora, além de empreendedoras e representantes da sociedade civil.
Gov.br
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