1.Livre-se da vergonha
Este é o primeiro passo para construir uma estratégia eficiente para livrar-se das dívidas. Em geral nos sentimos tão culpados e envergonhados pelas prestações que acumulamos e não conseguimos pagar que corremos atrás de novos financiamentos, cada vez mais caros, para ir pagando contas em atraso. Esqueça. Não é acumulando novos papagaios que você sairá do buraco financeiro em que se meteu. Por isso, livre-se da culpa e da vergonha e comece agora a montar uma estratégia financeira.
2. Enxergue o tamanho do problema
Nunca comece a pagar suas dívidas sem traçar uma estratégia. Na maioria dos casos você vai jogar dinheiro fora. Então o melhor é saber quanto você deve e para quem. Faça uma relação de todos os seus credores e veja quanto deve a cada um deles. Você pode fazer isso com um lápis e papel ou pelo computador acessando o Sistema de Informação de Crédito do Banco Central. Esta é uma ferramenta que você pode acessar pela internet, mas precisa pegar sua senha numa agência do Banco Central ou enviando sua documentação pelo correio. Por meio desta ferramenta você conseguirá enxergar todas as suas dívidas, o custo, o fluxo de pagamentos e ainda quais já estão vencidas.
3. Separe 30% do orçamento para pagar as dívidas
Não adianta querer pagar suas dívidas rapidamente. Portanto, não comprometa mais do que 30% de seu orçamento para pagar os credores. Por quê? Porque este é o limite que os analistas consideram razoável para que você consiga manter-se firme na estratégia até o fim. Se comprometer mais do que esta fatia ao pagamento das dívidas não conseguirá ir até o fim do processo, pois são grandes as chances de fraquejar no meio do caminho. Afinal, você precisa ter dinheiro para comer, passear, pagar aluguel, enfim, viver de uma forma saudável que não comprometa sua saúde física e mental.
4. Faça um ranking das dívidas mais caras
Sabe aquele mapa das suas dívidas que você pegou no Banco Central (passo 2) ? Pois bem, use-o mais uma vez para saber quais são as suas dívidas mais caras. Em geral, o melhor é começar pagando as dívidas mais caras e no topo do ranking costuma estar o cheque especial. Faça um ranking decrescente de seus credores e comece tentando negociar com aqueles que têm o maior custo. O custo de um endividamento é a taxa que você paga por ele.
5. Procure ajuda
Ajuda sempre é bem-vinda. Mas cuidado. Não se iluda com aqueles anúncios mirabolantes que prometem resolver seu problema com dívidas da noite para o dia. Isso não existe. O melhor é procurar ajuda de órgãos oficiais, pois além de não precisar fazer nenhum desembolso (são serviços gratuitos) eles têm times altamente treinados e acostumados com este tipo de problema. Nos órgãos de defesa do consumidor, por exemplo, você saberá quais as taxas que podem ser cobradas e quais aquelas que são abusivas. Procon, Idec, defensoria pública do estado, todos esses são bons caminhos a percorrer para buscar suporte na hora de renegociar suas dívidas.
6. Converse com o gerente
Não é brincadeira. Este é seu maior aliado na hora de renegociar a dívida. Aquele mesmo que ofereceu rios de crédito para você, dívida que você hoje não pode pagar, é quem tem que ajudá-lo a resolver o problema. Pegue aquele documento do Banco Central, que mostra todas as suas dívidas (passo2) e leve-o para a conversa com o gerente. Diga que quer pagar, mas precisa de ajuda. E mostre o tamanho do problema.
7. Avise a família
Os piores momentos de quem está endividado são aqueles em que você tem que fazer verdadeiros malabarismos para que familiares e credores não se encontrem. A mulher, o marido, os pais, os filhos, ter que montar uma logística para desviá-los uns dos outros não é simples. Correr para atender o telefone, cercar o carteiro para pegar primeiro as cartas e destruir as de cobrança, enfim, você sabe bem o trabalho que dá. É um processo vai sugar suas energias e criatividade e neste momento você precisa concentrar todos os seus esforços nas negociações com credores. Portanto, conte logo que tem problemas com dívidas. Se eles vão brigar? Pode apostar. E você ainda poderá ouvir alguns desaforos. Mas releve, eles não sabem ainda que você está em pleno processo de renegociação. Chame-os para fazer uma visita aqui no site e ver quantas outras pessoas estão na mesma situação.
8. Tenha paciência
Não existem soluções milagrosas para você quitar suas dívidas. Não espere encontrar um daqueles remédios anunciados na TV para perder peso em uma semana. Pergunte a qualquer médico, minimamente sério, e ele dirá que isso é impossível. Emagrecer de forma saudável requer disciplina. Livrar-se das dívidas também. Não existe Porangaba (“o chá que emagrece”) para as dívidas. E o pior é que talvez seja rápido emagrecer do que ficar sem dívidas. Mas como não há mal que sempre dure, a boa notícia é que você pode se divertir muito enquanto põe as contas em dia.
9. Faça exercícios
Faça exercícios sempre, com ou sem dívidas. Eles vão ajudar seu corpo e mente. E sempre que a tristeza, a preocupação, a ansiedade e a depressão quiserem lhe fazer companhia, corra. Corra mesmo, no parque, nas ruas do bairro ou na academia. Movimentar o corpo vai lhe trazer bem-estar e mais anos de vida, pois exercícios físicos são grandes aliados da longevidade.
10. Comemore
Cada mês que você conseguir eliminar uma das etapas da sua reestruturação financeira, seja quitando uma dívida ou mesmo uma parcela, comemore com a família e os amigos. Esta também é uma conquista, você merece festejar!
Fonte G1
Link: http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2011/07/dez-passos-para-pagar-suas-dividas.html
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