Quase todo mundo conhece alguém que não resiste aos apelos do consumo e faz a alegria dos vendedores. Ter o hábito de comprar o que não precisa e viver com o orçamento estourado pode ser sintoma de um distúrbio no controle dos impulsos chamado oneomania, que atinge as pessoas caracterizadas como compradoras compulsivas.
Nos dias atuais, em que fazer compras é uma atitude bem vista e até incentivada pela sociedade, a percepção do problema muitas vezes só acontece quando o endividamento já se tornou extremo. Como qualquer dependente, os consumidores compulsivos demoram a admitir o vício e a buscar ajuda.
O primeiro passo para a cura é reconhecer o problema e abrir mão do ‘controle’ das finanças, que deve ser assumido por um parente ou amigo próximo. Todas as formas de crédito como cheques e cartões de crédito devem ser cortadas. A pessoa deve ter em mãos apenas o dinheiro necessário para o dia.
Paralelamente ao tratamento psicológico que pode incluir terapia e medicação, é necessária a reeducação financeira do paciente. Tomar consciência do tamanho do rombo é assustador para o devedor, mas ele deve ter coragem para parar e fazer as contas de tudo o que deve e para quem. De posse dessas informações, o melhor a fazer é traçar um plano de pagamento e renegociar com os credores para reduzir os juros cobrados.
A partir de então, qualquer economia, mesmo que pequena, nunca é desprezível. Geralmente dá para cortar ou reduzir uma série de gastos com alimentação, vestuário, tv por assinatura, mensalidade de clube, telefone celular e outras despesas. O importante é por no papel as despesas e definir prioridades, descartando os supérfluos ou, pelo menos, mantendo-os sob controle.
Após passada a fase mais difícil, de reeducação financeira e pagamento das dívidas, é necessária atenção constante, mas o ex-devedor terá tranqüilidade e auto-confiança para estabelecer uma relação saudável com o dinheiro. Como saber se você é um comprador compulsivo? Você está sempre endividado? Compra o que não precisa, pelo simples prazer de comprar, independente da necessidade ou utilidade do objeto comprado? Responda as perguntas abaixo e cheque seu controle.
– Não resiste ao impulso de comprar?
– Gasta mais que o planejado e se prejudica financeiramente?
– Impede ou prejudica seus planos de vida e das pessoas à sua volta?
– Pede dinheiro emprestado para os outros e até aplica golpes para poder saldar a dívida?
– Precisa efetuar a compra de qualquer maneira, independentemente do produto comprado?
– Percebe que está comprando coisas que não usa ou usa muito pouco?
– Assume dívidas acima de cinco vezes o valor de sua renda mensal?
Se você respondeu sim a maioria das questões, fique atento. Apenas um especialista poderá avaliar se você tem o distúrbio, mas é hora de rever sua relação com o dinheiro e procurar ajuda.
Tranquilidade financeira
Você está tranqüilo em relação às suas finanças? Responda as seguintes perguntas relacionadas com as suas principais preocupações financeiras:
– Você tem uma poupança emergencial? Uma reserva que lhe garanta passar de 6 a 12 meses desempregado?
– Você tem todas as suas dívidas sob controle?
– Você tem um seguro de vida e de saúde?
– Você está preparando sua aposentadoria ou vai depender da aposentadoria do governo?
Se você respondeu afirmativamente a todas essas questões, parabéns você está financeiramente tranqüilo. Se não, procure se programar para solucionar essas questões para evitar dissabores futuros.
Fonte Credifisc
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