Dicas
1- Construa relações de confiança
Para iniciar a negociação com mais chances de sucesso, é necessário que a relação entre inquilinos e proprietários seja baseada em confiança mútua. Isso facilita as tratativas na hora de resolver determinados problemas, principalmente em um momento de crise econômica. Caso o imóvel tenha sido alugado por intermédio de uma imobiliária e você percebeu que as contas vão ficar muito apertadas, vale a pena procurá-la com antecedência. Explique a situação com clareza e a empresa certamente estará aberta a conversar para encontrar a melhor solução.
2- Reúna bons argumentos
Na hora de negociar o aluguel, é importante ter um argumento consistente para demonstrar ao outro lado a sua situação financeira e convencê-lo a entrar em consenso.
3- Mostre que sua renda foi reduzida
Se ainda mantém os pagamentos em dia, mas está com dificuldades de cumpri-los, apresente ao proprietário ou à imobiliária o tamanho desse prejuízo. Há pelo menos duas opções para lidar com esta situação: A primeira é propor o congelamento de algumas parcelas por um prazo definido. Após esse prazo, o pagamento do valor das parcelas congeladas seria diluído nas mensalidades seguintes. Essa estratégia também serve para os aluguéis que já estão em atraso. A segunda possibilidade é propor uma redução temporária no valor das mensalidades. Em muitos casos, os inquilinos conseguem abatimentos entre 20% e 50% do aluguel. Caso seja esse o caminho escolhido, tenha cautela na negociação e não ameace deixar o imóvel por falta de acordo, pois o proprietário pode ficar irredutível e complicar ainda mais sua situação.
4- Reforce que você é um bom inquilino
Existe uma importante vantagem nas negociações, caso você seja o tipo de inquilino exemplar, que cuida bem do imóvel, paga as mensalidades em dia e está nele há muito tempo. O proprietário certamente não vai querer te perder para colocar um desconhecido no lugar. Por isso, reforce essas características e ressalte a relação de confiança mútua, que já existe a tanto tempo. Este tipo de argumentação certamente trará bons resultados, porque, para o locador, não faz muito sentido trocar o certo pelo duvidoso em um momento de crise.
5- Reconheça que a negociação é importante
A essa altura, o ideal é que você já tenha na cabeça uma proposta bem definida para fazer ao outro lado. Entretanto, é importante reconhecer que ele também tem suas necessidades e certamente já tem sua própria proposta a fazer. Por isso, mostre-se sempre disposto a ouvir as diversas possibilidades e a analisá-las com calma.
6- Controle as emoções
Quando nos deixamos levar pelas emoções, podemos ter atitudes intempestivas que só servem para criar conflito. Na hora de negociar aluguel, falhar nesse aspecto pode criar um ambiente tão negativo e tornar as tratativas insustentáveis. Por mais que as divergências pareçam grandes, o caminho para alinhar as expectativas é manter uma postura positiva. Evite falar alto demais ou demonstrar nervosismo, pois isso deixa o interlocutor na defensiva. Na pior das hipóteses, o outro lado pode se sentir tão acuado que simplesmente não haverá mais condições de dialogar.
Embora a lei não obrigue imobiliárias e proprietários a reduzirem o valor do aluguel determinado em contrato, um diálogo transparente pode ajudar muito, pois o momento atual atinge a todos.
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