Creio que a maioria de nós tenha crescido cercado de exemplos, para todas as coisas. Na infância, principalmente, quando costumávamos ler “Reinações de Narizinho” e tantos outros contos famosos, sempre nos deparávamos com heróis, vilões, anti-heróis, ou resumidamente, o bom e o mau.
A verdade é que crescemos e aprendemos ainda na escola a nos blindar dos colegas encrenqueiros e indisciplinados, mas inevitável e infelizmente, voltamos a nos deparar com estes seres justamente no ambiente de trabalho. Esta situação, curiosamente, é como uma compota de conservas, ou um saco de laranjas. Basta ter um ingrediente estragado para azedar ou contaminar o resto. E o pior é que, uma vez preso na compota (ou na empresa), é difícil se livrar dessa situação.
E como conseguir conviver, trabalhar e cooperar com pessoas que podem lhe puxar o tapete? Apunhalar as costas? São rudes ao extremo? Pior, aquelas em que é preciso torcer para que saia sol, torcer para que estejam de bom humor, para que somente então o funcionário tome coragem para pedir um favor, pedir ajuda em algo, dê uma notícia não amistosa?
Tipos de mau humor e falta de polidez há aos montes, entretanto, vamos focar no problema. Primeiro, é preciso lembrar que todos estão em um ambiente estritamente profissional. Onde o funcionário entra com o conhecimento e o resultado, e a empresa, com o salário. As relações que permeiam este ambiente, obviamente, devem ser amistosas, para que a convivência não se torne sufocante, pesada e desestimulante e as pessoas criem um ambiente infeliz de trabalho.
Domando as feras
Todo mundo já trabalhou com um colega de pavio curto, intolerante ou um “retrucador”. Eu inclusive já trabalhei com pessoas assim. E, pelo que me lembro dessa experiência, foi péssimo. Todos têm medo de fazer qualquer movimento fora do comum, com medo que a volátil combinação atômica detone.
O fato é que se essas pessoas têm colegas que toleram esse tipo de comportamento (grosseiro), certamente continuarão sendo destratadas. Entretanto, a chefia tem um poder demarcatório muito maior, já que exerce o papel de mediação e ajuda a imprimir a cultura da organização em seus subordinados, além de cortar as “pontas soltas” e maus comportamentos.
Pessoas assim precisam ser advertidas e comunicadas formalmente para que fique claro que no ambiente de trabalho, certas atitudes e comportamentos são inadmissíveis e que, ao menor sinal de uma nova reclamação por parte de qualquer integrante da equipe, a pessoa estará fora. Isso não é uma ameaça, de maneira alguma. É uma advertência de que o grupo precisa de integrantes com determinado tipo de conduta para que o trabalho e o ambiente sejam agradáveis a todos. Da mesma maneira que os princípios da ética e respeito devem funcionar para que os cidadãos de uma cidade convivam bem, na empresa não é diferente.
E se o chefe é a fera?
Nesses casos a situação complica um pouco, mas há algumas opções possíveis. Levemos em consideração que este chefe mal encarado também tem um chefe. A primeira coisa a fazer é conversar com o superior direto dele, com provas concretas de que há algo de errado acontecendo. Que o comportamento dele é inadequado perante a equipe, que está atrapalhando o desempenho de todos com seu temperamento ou coisa do tipo. Para este tipo de queixa, o que surte mais efeito é quando todos os funcionários da equipe, ou sua maioria, levam a queixa em conjunto a este responsável.
Não estou querendo incentivar revoluções ou a criação de grupos de extermínio de chefes mal-educados/humorados aqui, mas é importante lembrar que o superior de qualquer equipe (de 1 a 100 funcionários), deve ser alguém exemplar e que inspire os demais a alcançarem seus objetivos.
Costumo dizer que o trabalho deve ser um local de diversão. Você deve gostar do ambiente e dos colegas para trabalhar com entusiasmo nos projetos. Não deve ser um local de repressão, muito menos de falta de educação. Não interessa se o encrenqueiro é o que tem o melhor desempenho da equipe, se é o chefe ou alguém de extrema importância à empresa. Com o tempo, as relações de trabalho se desgastarão a tal ponto que a equipe se desmotivará e se tornará improdutiva. Portanto, seja você um chefe ou funcionário, fique atento a essas pessoas e não deixe que elas contaminem a sua compota
Fonte: Gazeta do Povo
Link: http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?id=1293652
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