BEATRIZ IOLANDA

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As vantagens do Home Office

home-office-decorTer um home office e trabalhar a partir de casa é uma opção que reduz custos de infra-estrutura, transporte e alimentação, além de garantir flexibilidade de horário, entre outras vantagens. O fomos visitar o ambiente de trabalho no lar de alguns profissionais, em Porto Alegre e em São Paulo, e mostra as opções que cada um fez de acordo o espaço físico e as necessidades do negócio.

A jornalista Priscila Pasko e a relações públicas Luísa Alves escolheram montar o escritório em casa. Por falta de um cômodo exclusivo, o home office foi para dentro do quarto, em um canto só para ele. Priscila colocou a mesa ao lado da janela, por causa da luminosidade. A televisão foi virada um pouco mais em direção ao escritório, já que a jornalista costuma acompanhar as últimas notícias durante o expediente – e não se pode esquecer do rádio, também parte do equipamento do escritório.

Poder ouvir o rádio enquanto trabalha, aliás, é uma das vantagens que Luísa vê em trabalhar a partir de casa. O aparelho fica em uma estante ao lado da escrivaninha – companheira desde os tempos de conclusão da faculdade. A relações públicas, que trabalha com mídias sociais e precisa entrar em várias redes com diferentes usuários, conta que gostaria de uma mesa maior, onde coubessem o computador pessoal e onotebook.

Mas enquanto a mudança não ocorre, Luísa deixou o home office com a sua cara: “bichinhos, badulaques, objetos que remetem a uma coisa mais casa”, descreve. Além deles, o telefone e canetas, instrumentos de trabalho. Na mesa de Priscila, além dos itens citados pela colega de profissão, há bloquinhos de anotações, calendário e uma xícara de café – “cheia ou vazia”, ri.

Horário flexível

As comunicadoras destacam a flexibilidade de horários como uma das vantagens de ter um home office. “Eu consigo fazer ioga”, exemplifica Luísa. “Se precisar ir ao banco, dá para ir e na volta ficar até mais tarde”, completa Priscila. Para a publicitária Márgara Squeff, que prefere trabalhar à noite e dormir mais de manhã, a maleabilidade do home office é uma vantagem que resulta em produtividade.

A ilustradora Carolina Vigna-Maru, carioca que mora em São Paulo, levanta outros dois aspectos: as regras do condomínio comercial, “que muitas vezes não permitem a entrada em um domingo às 22h, por exemplo”, e a questão da segurança. “É um estilo de vida que me permite pegar um cinema às 16h com meu filho e trabalhar até 3h depois, horário em que não seria seguro sair de um escritório no centro da cidade”, justifica.

Márgara e Carolina têm escritórios configurados de formas parecidas: na sala da casa. A ilustradora conta que todo o cômodo, com exceção à área da mesa de jantar, virou escritório. Já a publicitária, que escolheu a pequena antessala como espaço de trabalho, afirma que a vontade de montar o escritório influenciou na escolha do apartamento para alugar, em Porto Alegre. “Todos tinham só cozinha, banheiro, quarto e sala, e esse tinha uma ‘salinha’ que eu poderia usar exclusivamente para o ambiente de trabalho”, argumenta.

Para montar o espaço, Márgara usou móveis que já vinham de sua antiga moradia. A mesa com gavetas ficou ao lado da janela, por causa da luz, e sobre ela estão o computador e o telefone. O escritório ainda tem um mural, plantas decorativas e uma pilha de livros. Ah, os livros. Carolina, que diz já ter tido vários home officenas curvas da vida, lembra do seu penúltimo espaço de trabalho. “Eu tinha oito milhões de livros”, exagera, “era quase uma biblioteca com computadores dentro”. O que mudou? O filho.

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Trabalho x família dentro de casa

Quando Carolina descobriu que estava grávida, precisou mudar o arranjo do escritório e reservou um espaço para o pequeno que ia nascer. “E espaço de criança necessariamente não é o que você espera em termos de organização, mas eu respeito o ambiente dele e ele respeita o meu”, argumenta. A ilustradora conta que desde novo o filho foi incluído na lógica do escritório doméstico, e que junto aos instrumentos de trabalho dela havia o material de desenho dele. “Hoje ele tem oito anos, tem o computador dele perto do meu, e também cuida com a correria e com a bola, por exemplo, porque não quer que a brincadeira estrague nada dele.”

E os baixinhos não atrapalham o trabalho? Carolina garante que não, pois eles entendem desde novos que ohome office, mesmo dentro de casa, é um espaço de trabalho. O músico Mauricio Domene, que fez o escritório na edícula de sua casa em São Paulo, acredita que além de não haver invasão de espaços, ter o escritório em casa aumenta a interação entre pais e filhos – ele tem dois. “Tenho tempo de levá-los na escola, de tomar o lanche, almoçamos em família todos os dias, e se trabalho até mais tarde eles passam para me dar boa noite”, enumera.

Para o músico, facilita bastante ter um espaço separado para o home office, porque ajudar a delimitar os ambientes: aqui é trabalho, ali é família. “Necessariamente não precisa ser um cômodo inteiro”, contrapõe, “mas é preciso ter um espaço exclusivo onde você possa deixar a estação montada, deixar os papéis em cima da mesa, por exemplo, sem que isso atrapalhe a rotina da casa”. Antes da casa, Mauricio tinha o escritório no quarto de empregada do apartamento; quando decidiu se mudar, já procurou um imóvel com uma área para o home office.

Reunião com clientes

Na edícula, Mauricio tem uma entrada separada, o que evita que os clientes passem por dentro da casa para chegar ao escritório. Ele conta que, no home office atual, encoraja os clientes a conhecerem o espaço, e garante que quem visita uma vez gosta tanto que volta. Da forma como o espaço foi montado, criam-se dois ambientes: o de trabalho do compositor de trilhas sonoras e o de encontros comerciais, que “parece uma sala de estar gostosa, com poltronas confortáveis e quadros na parede, um ambiente que inspira criatividade e arte”.

Carolina, ao contrário de Mauricio, diz que suas reuniões são sempre fora de casa: ou em cafeterias ou no escritório do cliente. A tática é a mesma usada por Luísa e Priscila. Márgara ainda recebe alguns clientes em casa, mas só aqueles que são pessoalmente mais próximos. Segundo as profissionais, para o contratante é até mais fácil receber o prestador de serviço, pois não há perda tempo com deslocamento – principalmente em cidades grandes.

Menos custos

Os profissionais comentam que a maioria dos custos da empresa é eliminada ou reduzida: transporte, refeições, aluguel, IPTU, condomínio, luz, secretária. A linha telefônica também entra na lista em alguns casos, mas há os que preferem ter um número (e uma secretária eletrônica) exclusivo para o trabalho – o celular, ainda assim, parece ser o principal meio de contato entre profissionais e seus clientes.

Desvantagens

Nem tudo são flores para quem opta por montar o escritório dentro de casa. “Evito falar que ‘trabalho em casa’, prefiro sempre dizer que ‘tenho um escritório’ em casa”, comenta Priscila. Márgara e Carolina concordam que existe um preconceito com quem tem home office. “Às vezes as pessoas acham que não faço nada, porque não tenho horários fixos”, relata a publicitária.

“Parece que existe uma aura de amadorismo com o profissional que trabalha a partir de casa, mas com tempo de estrada hoje já consegui o respeito dos meus clientes, e quem chega até mim sabe que cumpro prazos e tenho a mesma responsabilidade que quem tem uma sala comercial”, afirma a ilustradora.

Outro ponto negativo é a falta de colegas, diz Priscila. “Mesmo que você passe o dia em contato no MSN e no Gtalk (mensageiros instantâneos), não é a mesma coisa”, lamenta. Para driblar a situação, a jornalista aproveita quando sai para fazer matérias para conversar pessoalmente. Carolina, que sente a mesma necessidade de convívio social, usa a flexibilidade de horários para almoçar ou tomar um café com amigos. E o segredo para conseguir uma vaga na agenda? Ir ao encontro das pessoas, que não teriam tempo de se deslocar a outros lugares no breve horário do intervalo.

Planos de expansão

A relações públicas Luísa Alves e a publicitária Márgara Squeff pensam em montar um escritório fora de casa, onde possam receber clientes e fornecedores, além de instalar colaboradores, à medida que o negócio for crescendo. O músico Mauricio Domene diz que não gostaria de sair do home office, mas acredita que o movimento pode ser inevitável, já que a empresa está indo bem e é possível que precise de mais espaço físico para desenvolver suas atividades.

Carolina Vigna-Maru, ilustradora, tem outros planos. Quer comprar uma casa com edícula e fazer como o colega paulista, separar o escritório da sala, sem ter que sair da casa. O apê atual ela conta que escolheu em relação à proximidade com a escola do filho – selecionada antes de a família deixar o Rio de Janeiro. Mas, segundo ela, o pequeno vai “logo” mudar de colégio e a família deve procurar outro imóvel.

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Fonte: Empreendedores On line